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O currículo é o primeiro contato do candidato com a organização em que pretende trabalhar. O documento é uma espécie de cartão de visitas, no qual ele destaca seus dados pessoais, objetivo, formação, vivências profissionais e cursos complementares. Mas, o que acontece após o envio do documento para a agência de recrutamento, ainda é visto como um mistério pela maioria das pessoas.

Alguns candidatos chegam a buscar respostas para o fato do currículo ter ou não ter sido selecionado. E, via de regra, bate aquela dúvida: Quais são os itens mais avaliados pelos recrutadores no momento da triagem? É óbvio que cada vaga exige uma avaliação diferente por parte do consultor, devido às suas especificidades. Contudo, alguns itens tendem a se sobressair.

A experiência técnica na área é um deles (exceto para estagiários ou recém-formados). Isso porque o ideal é que o profissional já ingresse na empresa apresentando os resultados esperados. Neste aspecto, o recrutador analisa, geralmente, o período de permanência, de modo que esse tempo seja suficiente para adaptação à cultura e aos valores da organização.

Períodos muito curtos em várias empresas podem passar a ideia de instabilidade. Por outro lado, períodos longos na mesma firma, exercendo igual função, podem dar a entender que há uma postura de acomodação, principalmente quando no currículo do profissional percebe que não buscou se qualificar com alguma formação. Ou uma ideia positiva de ter assumido mais atividades, e só no currículo que manteve a nomenclatura do cargo antigo, mas suas atividades já ultrapassam o que faz. Fique, então atendo na descrição das atividades, estas é quem vai contar melhor sobre sua experiência.

Ter trabalhado em grandes empresas é outro ponto que valoriza a trajetória profissional. Mas, ao contrário do que muitos pensam, isso não é determinante no momento da seleção. Isso porque currículo e competências comportamentais são examinados como um todo.

Também existe a possibilidade do candidato se destacar quando a vaga em demanda é em uma empresa que atua no mesmo segmento daquela em que ele trabalhou anteriormente ou que utiliza o mesmo sistema. Por outro lado, se o cargo em disputa é para uma organização bem menor que a anterior, pode ser que o contratante fique inseguro quanto à sua permanência na equipe, por entender que esta pessoa está acostumada com processos maiores e estruturados.

Assim sendo, é importante que o próprio candidato avalie a empresa que deseja ingressar e analise se é exatamente esta a oportunidade que está procurando. Após feita essa reflexão, é essencial colocar no currículo a experiência profissional alinhada ao objetivo, demonstrando qualificação para ocupar o cargo almejado. É recomendável dar ênfase às atividades realizadas em cada firma, principais resultados alcançados e informar caso tenha sido promovido.

Para as empresas, é interessante ainda contratar profissionais com formação específica na área do cargo. Ter estudado em instituições reconhecidas, sobretudo as públicas, que são mais criteriosas na seleção dos alunos, pode ser um diferencial. No entanto, quando mais do que a instituição é como você a realiza. Você é o melhor? Busca conhecimentos extras? Aplica o conhecimento acadêmico na prática?  De qualquer modo, é importante se certificar que as informações acadêmicas estão atualizadas no currículo em ordem decrescente (nome do curso, nome da instituição e datas de início e conclusão ou previsão de término).

E, na hora de listar os cursos complementares no documento, o foco deve se voltar para os que estão relacionados com o alvo profissional. Em se tratando de informática e idiomas, convém indicar o real nível de conhecimento (básico, intermediário e avançado), apontando carga horária, instituição e ano de realização. Se tiver certificado de proficiência em língua estrangeira (TOEFL ou IELTS, por exemplo), cabe mencionar nível/nota e ano de realização.

Por fim, vale lembrar algumas das habilidades mais valorizadas pelos contratantes: Comunicação, postura profissional, liderança, relacionamento interpessoal, proatividade, disposição, transparência, responsabilidade, trabalho em equipe, versatilidade e flexibilidade. Esses aspectos podem ser detectados no currículo e, posteriormente, confirmados em “entrevistas por competência”, testes psicológicos e dinâmicas de grupo. Portanto, a sugestão é se preparar com antecedência pois, quando o assunto é trabalho, sorte não existe. O que existe são oportunidades!

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